A AMEG (Associação Pública dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Grande) organizou uma força-tarefa para atuar de forma política para cobrar a conclusão das obras que envolvem a terceira faixa da rodovia MG-444, no trecho da Serra de Capetinga. Essa região é apontada por prefeitos mineiros como crítica para acidentes, com risco de morte e aumento do atendimento na saúde pública, por conta das emergências.
Atualmente, faltam 1,9 mil metros para que a obra seja finalizada. Porém, a empresa que realiza o serviço já se posicionou para prefeituras da região que não irá concluir o trecho mais crítico. Não houve detalhamento do motivo da paralisação.
A força-tarefa envolve os prefeitos de Capetinga, Nardo do Calau; de Itaú de Minas, Norival Lima; de Pratápolis, Everilson Leite; e de Cássia, Donizete Vilela. “É o ponto mais importante da estrada. Não faz sentido paralisar a obra agora, justamente onde mais precisamos dessa terceira faixa”, criticou Nardo.
O presidente da AMEG é o prefeito de São Sebastião do Paraíso, Marcelo Morais, e ele informou que o grupo vai agir em Belo Horizonte, no governo do Estado. “Mais uma vez, estamos diante das famosas promessas que não saem do papel. Como é possível deixar o trecho mais perigoso, com o maior número de acidentes, fora do projeto? Em 2026, todos aparecem com o pires na mão pedindo voto, enquanto a comunidade continua sofrendo com tamanha fala de respeito.”
O grupo fez reunião neste dia 7 de abril no Departamento de Estradas de Rodagem (DER-MG), que anunciou o envio de um engenheiro ao local para reavaliar o contrato da obra. O deputado estadual Cassio Soares atuou em conjunto com os prefeitos e articulou contato direto com o diretor-geral do DER-MG, Rodrigo Tavares, e com o próprio Governo do Estado.
O órgão estadual avaliará a alteração do contrato vigente com a empresa executora da obra para incluir o trecho de 1.900 metros na serra, que até então seria deixado de fora do projeto original.
Exclusão de trecho perigoso
O trecho em questão, inicialmente excluído do cronograma, é justamente o mais crítico da rodovia, com altos índices de acidentes devido à geografia sinuosa e ao tráfego intenso de veículos pesados. A intervenção no local é considerada estratégica para garantir a segurança viária e a fluidez no escoamento da produção agrícola e industrial da região.
A obra, já licitada, está orçada em cerca de R$ 28 milhões e previa a construção de terceiras faixas ao longo da MG-444, mas excluía justamente o trecho mais perigoso. Ao tomar conhecimento da situação, os prefeitos se reuniram no local para denunciar o descaso e mobilizar forças políticas. Estiveram com Nardo na visita à Serra da Capetinga os prefeitos Norival Lima (Itaú de Minas), Everilson Leite (Pratápolis) e Donizete Vilela – Negrinho (Cássia).
Leia também: