Motoristas de van, o Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários de Franca e Região e representantes de bancas de pesponto recorreram aos vereadores nas duas últimas sessões da Casa Legislativa para pedir ajuda para superarem os impactos sociais e financeiros gerados pela pandemia do novo coronavírus.
“A crise das bancas acontece há décadas. Por favor, nos ajude. Ouça o nosso grito. Estamos em um cenário de terra arrasada”, reconheceu o proprietário de banca Arnaldo Padilha. Ele apontou que era necessária a criação de uma comissão com membros das bancas de pesponto, Secretaria Municipal de Desenvolvimento e o Sindicato da Indústria de Calçados de Franca (Sindifranca).
“Tem funcionários passando fome. Alguns perderam hora extra e estão com dinheiro contado”, apontou o presidente do Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários de Franca e Região, Geraldo Xavier de Almeida, em outro apontamento de categoria com dificuldade por conta da pandemia.
Tanto os representantes de bancas de pesponto como o Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários estiveram na sessão da Câmara desta terça-feira. Na semana passada, no dia 28, Ronald Essado, representante da Associação de Transporte Escolar do município, afirmou que os motoristas de van escolar estão com dificuldade para pagar financiamentos e consórcios porque as aulas foram suspensas previamente e as férias acabaram antecipadas, além de não haver uma data definida para retorno das atividades escolares presenciais.
“As aulas voltarão em julho se a pandemia estiver normalizada. Vai uma turma segunda, quarta e sexta, e outra às terças, quintas e sábados, de modo a não gerar aglomeração dentro da sala de aula. Quando chegar essa época, será que nossos veículos estarão em condições de transportar os alunos?”, indagou Essado quando utilizou-se da tribunal, na semana passada.
Entre os pedidos das entidades e representantes de classes de trabalhadores está a possibilidade de a Prefeitura fornecer cesta básica, criar uma medida municipal de auxílio (não descartando ajuda financeira) e possibilidade de revisão de impostos com incidem sobre algumas atividades.
Para avançar nas discussões, requerimentos foram encaminhados para a Prefeitura de Franca para que as pautas sejam tratadas com o Executivo e haja um consenso. Uma reunião para tratar desses assuntos ainda vai ser agendada.
Mais grupos pedindo encaminhamentos
Na Prefeitura, ao menos outros dois grupos de pessoas também recorreram ao governo municipal solicitando apoio para superação de problemas econômicos ocasionados pela pandemia. Universitários da Uni-Facef e da Faculdade de Direito de Franca conseguiram que multas e juros aplicadas em mensalidades atrasadas fossem retiradas das cobranças.
O projeto de lei autorizando essa proposta foi aprovado na Câmara nesta terça-feira. No mesmo projeto também foram aprovados a prorrogação de prazos para pagamento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) e de parcelamentos de débitos inscritos em dívida ativa.
Os estudantes das instituições municipais de ensino superior pleitearam desconto por um prazo de tempo, mas esse pedido foi negado. A reunião entre eles e o prefeito Gilson de Souza foi em meados de abril, após intermediação do empreendedor Marcelo Tidy.
Representantes de academias também foram ao Executivo para pedir isenção temporária de impostos, mas o Executivo negou aplicar essa medida.
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