Um monumento identificado como único no Brasil e instalado no Centro de Franca, na Praça Nossa Senhora da Conceição, tem sido alvo de vandalismo. O Relógio do Sol, tombado pelo decreto municipal nº 7688, de 15/09/1999, foi reformado recentemente, mas a placa que identifica o local desapareceu nesse período de quarentena na cidade.
O patrimônio municipal e estadual ficou um período danificado após ter sido atingido por uma queda de árvore. O problema ocorreu em 27 de dezembro de 2017 e foram praticamente dois anos para reformá-lo. Só no começo de dezembro de 2019 a restauração foi concluída. Passados cerca de seis meses, o monumento novamente não está completo, com o furto da placa de identificação.
Conforme dados da Prefeitura de Franca, o Relógio do Sol foi montado pelo padre capuchinho francês frei Germano D’Annecy, convidado por Dom Pedro II para dirigir o Observatório Meteorológico do Império. Sua construção data de 1886, feita em mármore de carrara. Outro semelhante a ele só existe na cidade francesa de Annency.
Outro monumento de Franca, que não aparece na lista do Condephat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico), mas faz parte da história da cidade é o Marco da Villa Franca do Imperador, que fica na Praça Barão. Ele também foi alvo de vandalismo e furto da placa de bronze que ficava fixada na estrutura. O obelisco foi construído em 1929 e foi levantado para registrar a fundação de Franca, passando de Freguesia para Villa e ocorreu a instalação da Câmara de Vereadores.
O local onde ele está construído há indícios que era onde estava o pelourinho da então Vila. O monumento é representativo também por ter sido uma referência por onde soldados que lutaram na Guerra do Paraguai passaram, então comandados pelo Coronel Camisão. Essas informações constam em estudo publicado por Tercio Pereira Di Gianni em 2008, como projeto de doutorado na Unesp.
As imagens da depredação e furto foram enviadas por leitor do F3 Notícias e estão logo mais abaixo. A reportagem tentou verificar na Prefeitura de Franca quais medidas já foram tomadas, mas ainda não foi possível apurar o que o governo municipal deve fazer com relação ao problema. Na região onde os dois monumentos estão instaladas há câmeras de monitoramento.
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