Um ano após o início da pandemia do novo coronavírus parece que aqui na região é como se a doença estivesse chegando agora e ainda as autoridades não soubessem ao certo como lidar com o problema para bloquear o contágio. Pelo lado da população, ninguém ao certo tem o conhecimento também para se proteger e evitar que o atendimento corra o risco de ficar colapsado.
Passou-se 12 meses de pandemia e a verdade é que a região encara os problemas batendo cabeça, com risco de abre e fecha de setores econômicos sem saber ao certo o que vai acontecer de fato. Na parte de saúde, leitos de UTI sendo aumentados e sua demanda sempre pressionada, colocando o risco iminente de ter gente em estado grave sem lugar para ser atendida. Só em Franca são 52 leitos de UTI, mas de 20 com relação ao ano passado, e todos estão ocupados.
Lá atrás, o que mais se falava de esperança era a vacina. A vacina virou realidade, mas o governo federal não negociou a tempo de garantir as doses necessárias. Os governos locais podem agora, em 2021, tentar comprar, o problema é entrar na fila depois que todo o mundo já está negociando e comprando os lotes existentes. A região e o Brasil está muito atrás nessa “fila do pão” para conseguir enfrentar a pandemia que em um ano já matou perto de 400 moradores de Franca.
Porém, não é todo lugar que enfrenta esse atraso vivido aqui. Em Israel, uma reportagem publicada pelo site inglês Financial Times, de 12 de março, mostra como esta o país que fez sua reabertura após realizar a imunização em 4 milhões de adultos e outro 1 milhão de adultos aguarda a segunda dose da vacina BioNTech/Pfizer. A população adulta no país é de quase 7 milhões de pessoas.
Por lá, foram 139 dias de lockdown, ou 4 meses e três semanas. Diversos setores ficaram fechados, o consumo interno caiu 10% em 2020 e o que manteve o PIB positivo no país foi a exportação de diamantes. O sistema de análise de combate ao coronavírus de Oxford apontou que Israel foi o país que mais tempo ficou em lockdown no mundo.
A doença matou quase 6 mil habitantes e um em cada três habitantes perdeu o trabalho no país nesse período de um ano.
Israel conseguiu sair agora da crise, um ano após o início da pandemia, mas o país está cercado por regiões pobres que ainda perduram com o contágio em alta, como por exemplo os territórios palestinos.
Conforme o Financial Times, por lá também teve conflito ligado ao fato de se manter tudo fechado ou abrir. A disputa no país foi com os ultraortodoxos das comunidades Haredi, que não aceitaram o lockdown. Todo esse cenário ainda ocorreu no ano que antecede a eleição do país, marcada para este 23 de março.
Nas ruas de Israel, conforme o Financial Times, há uma inundação de pessoas nos comércios e bares desde a última semana. Ainda há regras para se evitar a aglomeração, sendo que não é permitido mais de 20 pessoas em locais fechados. Mas essas regras não foram fiscalizadas com a reabertura do país na última semana.
Basta saber se esse cenário pode alterar a realidade de queda constante de casos positivos no país, algo que vem ocorrendo nas últimas semanas e que motivou a reabertura dos setores econômicos. Se for a vacina a solução, ao menos mais da metade dos adultos vai estar protegida.
Aqui na nossa região, em situação semelhante ao que acontece no país, a gente não sabe quando tudo vai reabrir, quando vai haver vacina e quando vai haver a possibilidade de esperança de dias que vão parecer o ano de 2019 ou antes de março de 2020.
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