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Vídeo: Prefeitura de Franca muda escala no setor de saúde e abre crise no atendimento de emergência

Foto: Prefeitura de Franca

A Prefeitura de Franca definiu que servidores da saúde, principalmente os que atuam nos setores de urgência e emergência, vai ter rotina de trabalho alterada, com aumento de carga horária. Atualmente, a rotina é de 12×36, uma escala que foi definida há cerca de 10 anos. O governo municipal definiu alteração para 6×18 e repassou que coordenadores de unidades devem determinar essa regra. Essas alterações não foram debatidas com servidores e a situação gerou insatisfação.

Essa mudança já vem sendo abordada desde janeiro e nesta terça-feira (28) um grupo de servidores foi para a Câmara Municipal para protestar e solicitar apoio político dos vereadores para discutir o tema com a Prefeitura.

De acordo com servidores, a mudança de escala gera impacto negativo na rotina de trabalho de quem tem outras funções. Além disso, há argumentação que vão ocorrer muitas trocas de plantões e isso poderia acarretar em problemas no atendimento e gerar mais atraso para pacientes.

A Prefeitura de Franca não divulgou oficialmente a motivação da troca e também não repassou à Câmara de Vereadores detalhes sobre essa nova sistemática.

Como houve protesto na Casa de Leis, houve discussão para que uma comissão trate do assunto com o Executivo. Os servidores informaram que podem fazer paralisação neste sábado para forçar o governo municipal a discutir o assunto.

“Profissionais exaustos estão mais suscetíveis a erros, o que pode ter consequências graves para os pacientes e para os próprios servidores. Estas mudanças precisam ser construídas junto com os servidores e isso não aconteceu”. Ele pediu um posicionamento firme contra a medida. É imprescindível que se manifeste um posicionamento firme contra qualquer medida que imponha mais sacrifícios aos nossos servidores da saúde. Suas vidas não podem ser destruídas por uma decisão flagrantemente ilegal e sem abertura para discussão e entendimento”, alertou Samuel Andrade Gomide, servidor e que falou na tribuna para representar o setor.

O vereador Gilson Pelizaro (PT) ressaltou a importância de trazer o tema para discussão e defendeu que o Legislativo atue como intermediário entre os servidores e o Executivo. “Acho que falta alguém para orientar lá a administração que determinadas situações, com imposição, elas não alcançam as metas que, de repente, há o interesse de alcançar, só dificulta a relação”. Pelizaro solicitou que a Câmara oficialize o Executivo para que se abra discussão sobre o tema.

Marília Martins (PSOL) lembrou da convenção coletiva assinada há 12 anos e destacou o trabalho dos servidores durante a pandemia de COVID-19. “Não chamam para fazer outro acordo, não chamam para fazer acordo nenhum, não chamam nem para dar opinião sobre o que eles acham que funciona no próprio trabalho deles”, disse. Marília.

“Eu tenho observado que está faltando ao Poder Executivo uma clareza maior nestas questões quando envolve entidades, servidores, para gente falar e tratar destes assuntos”, pontuou o vereador Fransergio Garcia (PL).

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