A Unesp em Franca promove nesta semana, dentro da programação do Dia da Consciência Negra, uma discussão sobre como políticas institucionais podem promover a equidade étnico-racial na universidade. O debate sobre o assunto tem como convidados professor Doutor Juarez Tadeu de Paula Xavier e professora Doutora Márcia Campos Eurico.
Juarez Tadeu é docente na Unesp em Bauru e é presidente da comissão de averiguações das autodeclarações para pretos e pardos nos concursos vestibular. Márcia Campos é professora adjunta no curso de Serviço Social da Unifesp Baixada Santista.
Pela internet, é possível qualquer pessoa participar do debate, que está marcado para acontecer das 15h às 17h nesta quinta-feira (19).
Em 2019, a USP, por exemplo, teve 40% de seus calouros oriundos de escolas públicas. Já sobre dados relacionados a estudantes que se declaram negros, pardos e indígenas variou positivamente em cerca de 12% entre 2007 e 2015. Um crescimento, mas que ainda demonstra necessidade de intervenções mais propositivas para ampliar a oportunidade para essa faixa do público de estudantes.
No Brasil, conforme levantamento do site Quero Bolsa divulgado em 2019, o Centro Universitário Planalto do Distrito Federal (Uniplan) era a instituição com maior número de negros matriculados, 84,3%. Em seguida, está a Universidade Federal do Piauí (UFPI), com uma taxa de 79,7%, seguida pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), o Centro Universitário Fametro e o Centro Universitário do Norte (Uninorte), com taxas de 77,7%, 75,4% e 72,2%, respectivamente.
A Unesp, a USP e outras instituições do Estado de São Paulo não apareceram na listagem da pesquisa.
De acordo com o Censo Demográfico de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa da população negra no Brasil, isto é, pretos e pardos que vivem no país, é de 50,7%.
Veja a lista das 40 universidades com maior proporção de estudantes negros no Brasil, conforme levantamento do Quero Bolsa divulgado em 2019.
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